
Nos construímos tendo como princípios fundamentais de nossa ação a organização da luta a partir dos locais de enfrentamento da classe contra o Capital e seu Estado, a independência dos trabalhadores em relação aos patrões e governos, a autonomia em relação aos partidos políticos, a formação como ferramenta que potencializa nossa ação, a solidariedade concreta da classe que rompe as cercas das categorias, dos vínculos de formalidade e das nações.
Nesses 4 anos de existência restabelecemos ações de solidariedade concreta entre a classe, como as paralisações nas regiões de Campinas e Baixada Santista/SP em solidariedade aos trabalhadores na Volks que lutavam contra as demissões, bem como as iniciativas de mobilização em solidariedade aos metalúrgicos na GM de SJC/SP que lutavam contra o banco de horas e a redução salarial.
A partir da analise densa da realidade intervimos na conjuntura não pelo caminho que levou boa parte da esquerda a priorizar as ações institucionais em detrimento da luta direta dos trabalhadores. Na crise quando muitos marchavam juntos com a Força Sindical, UGT e demais organizações de conciliação com os patrões, a Intersindical estava nos locais de trabalho parando a produção e a circulação de mercadorias, lutando contra a tentativa do Capital em reduzir direitos, salários e seguir com as demissões.
Estamos nas principais disputas contra os velhos e novos pelegos. Afirmando direções nos Sindicatos comprometidas com luta da classe trabalhadora, organizando e apoiando Oposições sindicais e coletivos que se formam para enfrentar os mediadores dos interesses do Capital e seus governos.
Num trabalho duro enfrentando as limitações que ainda temos, nosso esforço diário é estar com classe e não pela classe, para não estar no próximo passo fazendo contra a classe trabalhadora, como várias organizações que hoje se transformaram em instrumentos que atacam a classe para defender os interesses dos patrões e do governo.
Por estarmos com a classe e não pela classe nesse pouco tempo de existência nos consolidamos como uma Organização que é reconhecida não por retórica, mas por ação pratica e direta no cotidiano da classe trabalhadora.
Certamente é por isso que aqueles que mecanicamente numa ação completamente distanciada da classe, insistem em tentar criar uma confusão na vanguarda dos trabalhadores, usando o nosso nome, mas não conseguem o resultado que esperavam.
A Conlutas e os setores do Psol que romperam com a Intersindical no inicio de 2009 tentam através de seus chamados para o congresso que fundará uma nova central dizer que a Intersindical está nesse processo e agora propõem que o nome dessa central seja Conlutas-Intersindical, com argumento que serão as duas organizações a deixar de existir a partir do congresso de junho de 2010.
Tentam desesperadamente essa confusão, pois segundo seus próprios documentos públicos afirmam honestamente que o congresso que fundará a nova central, não terá a participação real da classe, serão pouquíssimos sindicatos presentes (informes no site da Conlutas dão conta de 40 sindicatos e 20 movimentos populares) o que resultará num congresso que terá a participação de organizações, “representações” da classe.
Reafirmamos que embora tenhamos divergências no debate de reorganização do movimento tanto com a Conlutas, como com aqueles que romperam com a Intersindical e hoje tentam se intitular como “Intersindical- instrumento de luta, unidade da classe e de construção de uma central”, isso não nos impedirá de seguir construindo a unidade na luta concreta da classe trabalhadora.
Mas a unidade não se constrói por vontade política, por intenções em discursos e muito menos com praticas oportunistas, como a que infelizmente os que estão na convocação do congresso da nova central estão fazendo. Não será o uso indevido da nossa logomarca que como outras se consolidou em importantes setores da classe trabalhadora, que trará os trabalhadores para essa nova central.
É a partir da analise da realidade que a Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, não participará de nenhum dos chamados “Conclat’s que se realizam até o final do 1˚semestre de 2010.
Um deles tem como o objetivo reunir CUT, CTB, Força Sindical, UGT e outras centrais sindicais e movimentos populares para construir uma agenda que tem como objetivo “impedir a volta do neoliberalismo ao País”, como se essa forma do capital se manifestar a partir da década de 90 e nada mais é do que forma, pois o conteúdo é o mesmo,tenha sido superada com a vitória do PT em 2002. Ou seja, esse encontro tem como objetivo colocar em campanha eleitoral as entidades que o convocam para tentar emplacar a sucessora de Lula a presidência da Republica.
O outro encontro reúne os setores que se colocam à esquerda e infelizmente hoje muito mais na retórica do que na ação pratica. Chamam a unidade da classe através da construção de uma “nova representação” da classe trabalhadora. Buscam desesperadamente a fundação da nova central até o fim do primeiro semestre, para que o calendário eleitoral não seja prejudicado. Argumentam que para superar a fragmentação hoje colocada é necessária a construção imediata de uma nova central. São esses mesmos setores que no cotidiano das disputas contra os instrumentos que hoje trabalham contra a classe não conseguem ao menos estarem juntos nas mesmas chapas. Exemplos como o Sinsprev-DF são didáticos, onde a divisão daqueles que estão inscritos para fundar uma nova central, possibilitou a vitória da CUT nas eleições desse Sindicato.
A Intersindical não participará do congresso que auto-proclamará a criação de uma nova central, bem como não deixará de existir como tentam de maneira oportunista dizer aqueles que infelizmente não conseguiram se consolidar na base da classe.
A central sindical necessária para classe trabalhadora será fruto da tarefa mais difícil, ou seja, reconstruir a unidade de ação a partir dos locais de trabalho, no enfrentamento direito da classe contra o Capital e seu Estado. Essa unidade não será construída através de decretos para depois buscar a classe.
Para seguir a luta por nenhum direito a menos, para avançar nas conquistas e das ações cotidianas construir como necessidade real da humanidade uma sociedade sem explorados e exploradores, uma sociedade socialista, AQUI ESTÁ A INTERSINDICAL VIVA E PRESENTE NA LUTA DA CLASSE TRABALHADORA.
fonte: INTERSINDICAL
foto/operário: alessandro zapa (30/3/2009- ato unificado das centrais)
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